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quinta-feira, 28 de abril de 2011

ABANDONO INFANTIL + INFANTICÍDIO


Essa manhã, o programa Mais Você continuou a abordar o tema de abandono de bebês e infanticídio. Diferentemente de como o assunto foi tratado ontem, hoje a produção tentou explicar o que leva as genitoras a ter essas atitudes e cometer esses crimes.
O programa tentou defender o ponto de vista das 'mães', que se diziam em momento de desespero. Sempre com a mesmas explicações: pobreza, miséria, inconsequência. Tais justificativas podem ser facilmente compreendidas. Realmente, a responsabilidade de uma criança não planejada pode mexer com o emocial de qualquer mulher e levá-la a abandonar o bebê. Contudo, não há justificativa para o modo como muitas têm feito.
Nos últimos dias, ficamos chocados pelas notícias de bebês abandonados em caçamba de lixo e lixeira em banheiro de hospital. Também relembramos histórias de bebês em sacos plásticos, que foram jogados em rios, córregos e em quintais de vizinhos. Essa forma de abandono é completamente inaceitável e injustificável. Espera-se que qualquer ser humano zele por sua prole ou por qualquer criança. Nada pode explicar o abandono de um recém-nascido em circunstâncias tão deploráveis.
O mínimo que se espera dessas mulheres "sem rumo" é um pouco de cuidado por esses bêbes. Se não há como cuidar deles, não serão tão crucificadas. O abandono pode ser justificado quando feito de modo mais "humano": em frente à delegacias, abrigos, em frente à porta de famílias. Por favor, não me entendam mal. Não defendo o abandono infantil; apenas defendo que tal ato deve ser muito bem analisado para que o bebê não venha a óbito.
A lei penal do Brasil também não ajuda muito essas mães. Abandono infantil é crime, sem qualquer brecha na lei. Nos EUA, o abandono infantil também é lei, salvo se a criança for deixada à porta de uma delegacia ou igreja. Também nos EUA e na Europa (desde os anos 90), há o mecanismo legislativo conhecido como Parto Anônimo. Esse recurso é uma alternativa que as mães têm para não abortarem ou abandonarem cladestinamente seus filhos. O Parto Anônimo consiste na assistência que o Governo dá às mães até o nascimento das crianças, que é "colocada anonimamente" em um hospital e depois posta para adoção. A identidade da genitora é preservada e ela fica isenta de qualquer responsabilidade civil ou criminal. O Brasil mal consegue dar conta das leis de planejamento familiar. O governo não põe em prática o que está prescrito na legislação. Essa imaturidade legislativa traz resultados desastrosos para os inocente infantes - e também para suas genitoras. Do que adianta se comprometer com jogos mundiais para fazer bonito (coisa que estou dividando muito) para mundo, quando ainda se está caminhando a passos de bebê rumo ao desenvolvimento social. Isso não é ignorância parlamentar; é burrice governamental que constrói um ciclo vicioso de injustiças e crimes.

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