Assistir a um filme sobre cavalos na Primeira Guerra Mundial é uma tarefa árdua para apaixonados por animais. Esse foi o grande problema quando assisti a Cavalo de Guerra, do tão conhecido Steven Spielberg.
Quando finalmente tomei coragem para assisti-lo, estava preparada para resistir às emoções que estavam por vir. Durante um bom tempo consegui.
Vamos pôr os sentimentos de lado e falar um pouco do filme.
Cavalo de Guerra traz características básicas da consagrada direção de Spielberg, como excelente fotografias, apesar de os tons frios de seus filmes sobre guerras. A eterna parceria com o produtor musical John Williams ainda desperta emoções auditivas. Contudo os elogios podem parar por ai, pois pode-se dizer que nada foi contado de novo, nem em relação ao animal, nem à guerra.
A história mostra como o belo puro sangue deixa de ser tão arredio para se tornar o melhor amigo de um jovem pobre e como o animal transforma a vida daqueles a quem ele se liga. Tudo, absolutamente tudo, lembra o filme Beleza Negra, de 1994. Só mudaram a cor do cavalo. Não há roteiro, pois as falas dos personagens são curtas, tornando os diálogos rápidos, deixando alguns segundos para as percepções do animal- antes tivessem feito um filme mudo, afinal de contas, este foi o grande vencedor do Oscar 2012. Além de tudo o mais ser previsível. É possível descrever todo o filme após 30 minutos, sem ao menos tê-lo assistido por completo.
Se a intenção de Spielberg era despertar emoções com as fortes fotografias dos animais que foram sacrificados de todas as formas durante o período de conflito, o diretor norte-americano conseguiu. Agora, se ele pretendia mostrar outra face das Grandes Guerras, deveria ter continuado apenas com O Resgate do Soldado Ryan no currículo.
Enfim, o filme é fofo, mas não pode ser considerado um bom filme. É apenas um passatempo quando já se assistiu a todos aqueles que realmente valiam a pena. 
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