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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CAPÍTULO XVI


A esperança ainda não morreu!

    Ainda não desisti de adotar mais um bichinho lá para casa. Contudo, a minha maior preocupação ainda é como a Sofia irá reagir.
     Esses dias, assim que saí de casa para ir trabalhar, avistei um gatinho que parecia ter menos de 1 mês. Nem consegui descobrir se era fêmea ou macho. Como ainda estava com tempo, levei o bichano para casa, preocupada com a reação de Sofia.
   Logo que me viu ela correu para mim e ficou curiosa com que estava em minha mão. Ele era muito pequeno e indefeso. Eu tremia como vara-verde, pois ainda tinha medo da reação da Sofia, que me seguiu até a cozinha.
   Quando eu coloquei o gatinho no chão, ele ficou todo encolhido por causa do tamanho daquela ser estranha que o olhava. Tenho certeza que o tamanho do nariz da minha menina perto dele também contribuiu. Sofia o cheirou muito e depois se chegou em mim, demonstrando muito ciúmes e carência. Ela só queria carinho e olhava para o gatinho, que continuava assustado.
   Tentei aproximá-la ao máximo, mas ela não parecia querer papo com o pequenino. Sofia olhava de longe e só vinha quando eu a chamava. De repente, ela se deitou próxima ao gatinho. Ele tentou se aninhar nela, mas Sofia se levantou prontamente. Ao ver a rejeição da minha amada cadela, vi que não tinha jeito: o gatinho tinha que partir.
    Fui até o veterinário com ele na bolsa e o deixei na casa de ração ao lado. Mais tarde liguei e a dona me informou que tinha conseguido um lar para ele.
    Dessa experiência, percebi que Sofia é capaz de ser solidária a outros animais e espero, sinceramente, que seja a um de sua espécie em breve. Percebi também que até os animais conseguem ser tolerantes. Infelizmente não posso dizer que esse sentimento seja compartilhado dentre alguns seres humanos.

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