Páginas

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

CAPÍTULO 41

Juro que ela não teve culpa

Chegar da Bahia não significava que eu ficaria em casa o tempo todo. No fim de semana seguinte, estava eu rumo a Paraty para o Festival de Jazz. Lá vou eu fazer as malas de novo, encarar o mal humor da Sofia e me divertir com as notícias de minha ausência. Na segunda-feira, minha mãe me contou o susto que Sofia deu no meu tio Paulo, que tem verdadeiro pânico dela.

         Assim que parti, minha mãe deixou a Sofia dentro de casa, mas minha tia Mirinha entrou em nossa casa pelas portas dos fundos. Ao sair lá, ela fechou o pequeno portão que separa a varandinha do quintal. Esse portão é a referência de segurança do Paulo, que só passa na frente desde se ele esteja fechado. Bem, ele desceu e quando chegou perto de seu carro, lá estava Sofia deitada toda calma. Pronto! Deu-se a discórdia.

         Paulo começou a gritar pela minha mãe, pela minha tia Mirinha, pela minha tia Miriam; e a Sofia lá, permanecia deitada e só olhando para ele. Em choque pelo olhar da pit bulll, ele não conseguia se mover.

         Mirinha, me tira daqui, Mirinha. Eu não consigo me mexer. Não dá para mover as pernas. Me tira daqui.

          Surgiram Mirinha, minha mãe e meus primos. Minha mãe colocou a Sofia para dentro de casa, que entrou numa calma de fazer inveja. Mirinha tentou assistir o Paulo com um copo d’água, que virou cacos, quando ele o arremessou no muro (DRAMA!).

         Bem, depois de muitos gritos e reclamações. A paz voltou a reinar lá em casa. O que mais me deixa p… da vida é a escândalo desnecessário só para se fazer de vítima. Tenho paciência para isso, não! Se eu estivesse lá, o problema teria dobrado de tamanho. Deus sabe o que faz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...