Juro
que ela não teve culpa
Chegar
da Bahia não significava que eu ficaria em casa o tempo todo. No fim de semana
seguinte, estava eu rumo a Paraty para o Festival de Jazz. Lá vou eu fazer as
malas de novo, encarar o mal humor da Sofia e me divertir com as notícias de
minha ausência. Na segunda-feira, minha mãe me contou o susto que Sofia deu no
meu tio Paulo, que tem verdadeiro pânico dela.
Assim
que parti, minha mãe deixou a Sofia dentro de casa, mas minha tia Mirinha
entrou em nossa casa pelas portas dos fundos. Ao sair lá, ela fechou o
pequeno portão que separa a varandinha do quintal. Esse portão é a referência
de segurança do Paulo, que só passa na frente desde se ele esteja fechado. Bem, ele desceu e
quando chegou perto de seu carro, lá estava Sofia deitada toda calma. Pronto!
Deu-se a discórdia.
Paulo
começou a gritar pela minha mãe, pela minha tia Mirinha, pela minha tia Miriam;
e a Sofia lá, permanecia deitada e só olhando para ele. Em choque pelo olhar da
pit bulll, ele não conseguia se mover.
─ Mirinha, me tira daqui, Mirinha. Eu não consigo me
mexer. Não dá para mover as pernas. Me tira daqui.
Bem,
depois de muitos gritos e reclamações. A paz voltou a reinar lá em casa. O que
mais me deixa p… da vida é a escândalo desnecessário só para se fazer de
vítima. Tenho paciência para isso, não! Se eu estivesse lá, o problema teria
dobrado de tamanho. Deus sabe o que faz!
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