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sábado, 11 de setembro de 2010

CAPÍTULO V - parte 2

Minha prima Alessandra e o ex-namorado dela estavam na rua também e eu chamei desesperadamente pelo Douglas, que veio correndo; mas a salvação mesmo foi o Vitor, um amigo nosso, que viu a situação, parou o carro e veio ajudar. Vitor tomou a guia da minha mãe e puxava Sofia com tanta força, que a fazia voar de um falo para o outro literalmente… com o poodle preso pela boca, claro. Minha reação foi pegar meu chinelo e bater no focinho dela, o que funcionou. Ela largou cachorro, mas este resolveu voltar para cima dela. Mais umas chineladas no focinho, poodle livre e correndo desesperadamente.
─ De quem é esse cachorro? ─ perguntei eu, ofegante.

─ É meu… ─ disse uma das meninas com a mão na boca.
─ PQP… você não me ouviu gritar? ─ disse eu, revoltada
─ Ai… desculpe ai, gente…
─ A merda “ta” feita, meu bem. ─ completei eu.
─ Desculpe mesmo.
Ela se foi e achou o poodle na esquina de outra rua. Minha prima foi atrás dela para ver o estado do cachorro. A menina contou que o poodle era da avó dela, na verdade, e que tinha sido atropelado há pouco tempo. Eu fiquei ao lado da Sofia, brigando com a minha menina. Ela teve um pequeno corte no olho, mas nada preocupante.
Depois de um tempo, minha prima encontrou a menina que estava com o cachorro e perguntou como ele estava. As informações foram que o pior foi na pata, por onde Sofia o levava pelos ares. Fora isso, ele estava bem. Diferentemente do incidente com Johnny, dessa vez Sofia queria fazer mal. Ela o sacudia o tempo todo. Daí, concluí que ela passou a ter uma raiva particular por poodles ou qualquer animal que se pareça com um. Tive a certeza quando estávamos no veterinário. Ela estava muito bem e quieta, esperando por sua vez. Estávamos ao lado de outros cães, SRDs e pinscher. Quando Sofia avistou um poodle, o sossego acabou. Hoje, sempre que vê um felpudo, ela começa a latir ou a gemer, querendo “brincar”.

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