CAPÍTULO IX

RESPEITEM MINHA IDADE!

Como todos já sabem, Sofia já passou de 6 anos. Quando a levei no veterinário dela, ele me assegurou que ela já chegava aos 7 anos. Assim, após 1 ano ao meu lado, espera-se que Sofia já tenha uns 8 anos caninos; ou seja, ela já passou dos 55 anos humanos.
Por ser de raça Pit Bull, Sofia possiu uma disposição impressionante. Ela corre com uma velocidade incrível e tem uma força na mandíbula que JESUS TOMA CONTA! Portanto, toda essa atividade e a vontade constante que ela tem de brincar com a bolinha me faz esquecer que ela tem limitações.
Sofia ama todos os brinquedos que tem e teve e tudo para ela pode ser tornar um. O problema é que ela nem sempre sabe compartilhar. Aliás, não sabe compartilhar de jeito algum. Um brinquedo apenas não é suficiente para manter Sofia ocupada e fazê-la se exercitar, por isso é regra ela ter mais de três brinquedos e todos devem ser usados quando brincamos. Sofia consegue pegar pelo menos 3 brinquedos na boca de uma vez. Impressionante? É… também achamos quando ela fez essa proeza pela primeira vez. Dois até vai… agora três… oh boquinha abençoada!
Então, basicamente, Sofia precisa ter uma bola de latéx maciço, um brinquedo de corda, uma bola de plástico e algo a mais. O prejuízo que isso causa em meu bolso é inexplicável, visto que duas bolas de latéx maciço se perderam, 3 bolas de plástico rasgadas, brinquedos de corda precisam ser renovados por causa da quantidade de baba absorvida. Isso tudo sem contar os que foram destruídos em dois dias no máximo. De todo o mal, devo confessar que Johnny, o poodle suicida, contribuiu para parte dos meu prejuízos. (Até nisso!)
O objetivo de ter tanto brinquedos é fazer com que Sofia sempre volte para buscar o que sobrou. Uma de nossas brincadeiras favoritas com ela é o famoso Bobinho. Ela adora! O problema é quando eu me empolgo.
Certa vez, fizemos-na correr tanto, mas tanto, que sua respiração ficou muito acelerada. Era um dia belo e de muito calor. Assim que foi para sala, Sofia desabou no chão, perto da porta. Com toda a língua imaginável para fora, ela suava (babava) e resfriava rapidamente. Fui atrás dela e me sentei ao seu lado. Quando coloquei minhas mãos sobre minha menina. Sofia estava muito quente e, mesmo quando se deitava por inteira, a respiração era muito rápida. Fiquei muito preocupada e não sai do lado dela até que ela se acalmasse e voltasse a ter uma respiração tranquila. Sofia demorou quase 20 minutos para estabilizar. Minha mãe também ficou preocupada e disse:

─ Tá vendo o que você fez? Ela não aguenta correr assim. Você esqueceu que ela é uma idosa?

Tive que concordar com minha mãe. Realmente tinha que controlar as brincadeiras de Soso, por mais que ela quisesse continuar.