À Secretaria Especial de Promoção e Defesa Animal
Sr. George,
Venho por meio deste email denunciar que no dia 5 de outubro deste ano, após o resgate de um gatinho afogado num lago do Campo de Santana, procurei atendimento veterinário emergencial para o mesmo. Ao entrar com o animalzinho em apnéia, já após tê-lo massageado, fui recebida pelas veterinárias presentes com a seguinte frase repetidas inúmeras vezes e aos gritos : "Você não pode entrar aqui". Fiquei perplexa com a situação. Nenhuma das duas veterinárias fez absolutamente nada. Carreguei o animal até o gramado e ressuscitei o mesmo. Fui até o ambulatório e, sem medicação apropriada, fiz os primeiros socorros. Não preciso dizer que o gatinho evoluiu com crises convulsivas subentrantes por asfixia.
Após cerca de duas horas, uma das veterinárias esteve no ambulatório e quando indaguei o motivo da recusa do atendimento esta me disse que o gato não era dela. Respondi a ela que não se nega primeiros socorros a ninguem e, que como funcionária da SEPDA ou conveniada, ela deveria ter um mínimo de respeito e comprometimento com os animais do Parque.
Sou médica há 30 anos, me aposentei pelo Ministério da Saúde, fui chefe de plantão em emergência e chefe do Serviço de Adolescentes do 13 de maio por mais de dez anos. Amo e respeito todo o tipo de vida.Fiz um juramento e tenho compromisso com os pacientes nos locais onde trabalho.Considero inaceitável, absurdo e cruel , profissionais da saúde negligenciarem a vida de humanos ou animais.O que aconteceu não pode se repetir ; peço providências! Profissionais que trabalham com seres indefesos como os animais, devem ter um mínimo de comprometimento e respeito a vida. Esse deve ser o perfil ! Em momento algum desrespeitei as veterinárias mas sei o que é uma emergência. Omissão de socorro é crime, é anti-ético !
Atenciosamente,
MIchelle Toste
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