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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CAPÍTULO XIII- PARTE 2


Na mesma semana, enquanto saía para trabalhar, Marta perguntou a minha mãe se já tinham descoberto o meliante. Minha mãe respondeu que ia ficar de olho na Sofia, enquanto a ruiva estivesse no quintal.
            ─ Do que ela está falando, mãe? ─ perguntei eu.
            ─ A Sofia ou o Johnny está fazendo buraco no pé de acelora da sua tia.
            ─ E vocês duvidam que foi a Sofia?
            ─ Ai, tá vendo? Quase mandaram meu cachorro para prisão. (DRAMÁTICA QUE SÓ MINHA TIA MARTA PODERIA SER!)
            Tia Marta finalmente partiu para seu dia de lavoro.
            Lógico que diante do comentário, eu não ficaria calada.
            ─ Mãe, é claro que é a Sofia. O Johnny não cava; ele mata passarinhos.
           
            Mesmo diante de minha afirmação. Sofia não foi pega no flagra e, portanto, não tínhamos como ter certeza. Contudo, minha mãe estava disposta a provar a inocência da nossa menina, apesar de eu afirmar que ela não existia.
            ─ Vou ficar de olho quando ela soltar o Johnny. ─ dizia mamy.

            Um semana depois disso, minha mãe soltou a Sofia no quintal da hora do café da tarde e foram para minha tia. Sofia a aguardava chorando em frente à porta. Minha mãe entrou primeiro e Sofia demorou um tempinho para fazer o mesmo; e quando finalmente o fez…
            ─ Ohh Sofiazinha… você veio tomar café, veio? Mas as suas patinhas estão sujando a minha cozinha! ─ disse minha tia com voz de criança.
            ─ Não acredito! Eu passei por lá agora e não tinha buraco. ─ afirmou mamy.
            ─ Então você faça o favor de ver se ela fez o buraco ou não.
            Minha mãe foi… minha mãe voltou…
            ─ Mirinha… ela fez o buraco… foi uma questão de minuto.
            Minha mãe bem que tentou brigar com a Soso, mas aqueles olhos de "não se esqueça, fui abandonada" não a deixaram continuar.
            ─ Não tem jeito. Não consigo brigar com você assim. Tem que se na hora mesmo. Agora já passou.
            ─ É… tá bom! ─ comentou minha tia.
           
            Para solucionar o problema, minha mãe colocou tijolos sobre a terra do bendito pé de acerola. Agora é esperar e vê qual será a sua reação.

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