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domingo, 12 de junho de 2011

O QUE É SALVADOR DA BAHIA?

Definitivamente Salvador me surpreendeu de forma muito positiva, apesar de muitos falarem sobre a sujeira das ruas e da violência em todos os cantos da cidade. 
Farol da Barra.
Depois de ser muito bem recebida pelos integrantes do CS, provei uma maravilhosa moqueca de camarão. Baiano que é baiano come com muita pimenta e muita farinha; assim fez Renato. Fui para Salvador sonhando com o acarajé e outros pratos típicos e visto que a culinária dessa cidade é bem baseada em frutos do mar, imaginei que me sairia muito bem. Tomei um caldo de sururu (mexilhão) no Pelorinho e quando finalmente provei o acarajé, me decepcionei. No Rio, o acarajé é servido com camarão, vatapá e caruru. Em Salvador, vinagrete é servido no lugar do caruru. Foi quase um trauma. Fora isso, quanto à gastronomia, posso dizer que Salvador nos serve muito bem. Como toda grande cidade, há realmente todos os tipos de pratos para qualquer tipo de preferência.

Moqueca de camarão.
 Domingo foi dia de encarar muita chuva e vendedores nas ruas de Salvador. Com a ajuda de Mariana, Juliana e eu fomos ao elevador Lacerda e ao Mercado Modelo. Bem, o elevador nada mais é do que isso, um elevador. Ele apenas facilita o transporte de pessoas entre as cidades alta e baixa, mas admito que a vista do mar lá de cima é linda e seu custo é de apenas R$0,15. O Mercado Modelo é um complexo de venda de artesanato. Vale a pena conhecê-lo, mas sempre, sempre barganhe. Depois, nos aventuramos a ir até o Museu de Arte Moderna (MAM). O museu em si de nada tem de interessante, mas o Café Solar que se encontra embaixo dele é perfeito, tanto em atmosfera, quanto em sabor e serviço. De lá, partimos para o Salvador Shopping, onde fomos ver a exposição Corpo Humano. Para aqueles que precisam conhecer o símbolo do capitalismo de cada cidade, vale a pena a visita ao principal shopping de lá e também o Iguatemi, que fica de frente ao Terminal Rodoviário.


Pelorinho.
Na segunda, já sozinha, esperei a chuva forte passar e me aventurei a ir ao Pelorinho. Por causa dos conselhos que tive, tentei ser o mais rápida e atenta possível. Além disso, colei num grupo de policiais que faziam uma visita ao centro histórico e, assim, me senti mais segura. Fiquei completamente encantada com as igrejas, por menor que elas fossem. Algumas estão fechadas para visitação, outras ainda esperam as obras de restauração e outras, noooosssaaaaa, nos deixam sem fala. Peço que não deixem de visitar o Museu da Misericórdia. O prédio é simplesmente lindo e com uma história incrível. Visitá-lo realmente nos faz voltar no tempo. Sua entrada custa R$8 e estudante paga meia. A Casa de Jorge Amado é pequena e de rápida visita, mas sai de lá me sentindo envergonhada como aluna de Letras e também como brasileira. Nunca li um livro sequer de Jorge Amado; ele amou a Bahia e fez questão de retratá-la ao mundo. Depois de quase morrer de subir aquelas ladeiras, parti para a Igreja do Senhor de Bonfim, a única em que não se cobra a visitação. Sinceramente, a viagem não valeu a pena. As igrejas do Pelorinho são muito mais bonitas do que a de Bonfim. 

Igreja de São Francisco.
Na terça, fui conhecer o projeto Tamar, na Praia do Forte. O projeto visa a preservação de tartarugas marinhas. Apaixonada por animais, fiquei derretida pelos que encontrei. Não se pode tocar nas tartarugas por segurança nossa e delas, mas as arraias e os moluscos são liberados. Aliás, há uma arraia muito da exibida. O vilarejo da Praia do Forte me lembrou a Rua das Pedras, em Búzios. Há diversas lojas de roupas, restaurantes e artesanato. Há também sorveterias com sabores bem exóticos, como jaca, umbu, graviola, cajá (que também fica ótimo como suco) e caipirinha. Isso mesmo, caipirinha! Cuidado! Há histórias de pessoas que se empolgaram com o sabor diferente e depois de completar a sobremesa com uma cobertura de vinho, saíram carregados do local. De lá, fomos para a praia da Guarajuba. A cidade ainda está se desenvolvendo; então, a única coisa interessante é a praia mesmo. LINDA!


Assim, na quarta parti cedo para Morro de São Paulo e deixei Salvador com saudades no meu coração. Não tive a oportunidade de conhecer a vida noturna da Terra de todos os Santos, mas espero voltar para me sentir tão embriagada pela agitação, quanto fiquei pela cultura. Em relação à falta de segurança, Salvador sofre desse mal como todas as outras grandes cidades, mas toma medidas necessárias para proteger seus visitantes; basta o visitante também ter bom senso e cuidado. Dessa forma, todos ficarão satisfeitos. 


P.S: Baiano não sabe dirigir. Gente, como eu vi barbeiragem pelas ruas. AFF!

Imagem tirada da janela da Casa de Jorge Amado.

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