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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DEPRESSÃO- QUE MAL É ESSE?

Muito se ouve falar sobre depressão, mas pouco se entende.
Algumas pessoas acreditam que depressão é sinal de fraqueza, mas posso garantir que não é exatamente isso. Os motivos para ser um depressivo são muitos e a triste notícia é que essa doença não tem cura. Não existe depressão curada; apenas se aprende a viver com ela. Eu passei por isso na pele e posso garantir o que digo.

A depressão pode vir de um trauma emocional, psicológico, físico ou simplesmente porque você está em atrito com o seu meio; ou seja, é muito complicado determinar uma causa específica e tive essa certeza quando fui a um psiquiatra e após todas as respostas positivas ele me disse:
"Então seu problema é emocional."
"Agora você me diz uma coisa que eu não saiba"- respondi a ele.
Percebi ali que eu era capaz de pirar o médico e então tentei ver esse problema por outro prisma.

Porém, deixando a minha pessoa de lado, vamos aos fatos.
Nem sempre um depressivo vai saber dizer o motivo da situação; há diversas pessoas que sofrem desse mal e não sabem reconhece-lo ou conseguem admiti-lo. MuitoS nem sabem como ou quando os sintomas começaram e cada pessoa age de forma diferente, em momentos diferentes, por isso, não confunda depressão com tristeza ou isolamento. Bipolaridade pode ser um sintoma, mas não é unânime. Em outras palavras, a coisa é bem mais complicada do que parece. Contudo, um dia essa situação fica insustentável e a pessoa deprimida pode fazer uma besteira. Daí vem sempre a pergunta
"como fulano pôde fazer isso?" ou a observação "nunca imaginei que ele fosse capaz, ele era uma pessoa normal". Há depressivos que levam uma vida normal e aparentemente feliz, mas são verdadeiros objetos de estudo para médicos.
Depressivos são normais, mas precisam de ajuda. Não de babás, mas ajuda.

Na minha humilde opinião, todos, sem qualquer excessão, deveriam frequentar sessões com psicólogos. Acredito que esses são os mais capazes de afirmar se há ou não depressão. Pelo menos é um começo para compreender comportamentos fora do comum. Caso o psicólogo ache necessário, o paciente é encaminhado para um psiquiatra.
Por favor, não entenda psiquiatria como tratamento para malucos. A diferença entre o psicólogo e o psiquiatra é a forma de abordagem nas sessões e autorização para receitar remédios - opção que preferi nem mesmo arriscar.

Na verdade, eu optei por abrir mão até mesmo da ajuda profissional e decidi sair do país e ir para um lugar onde eu não conhecesse ninguém. Fui intercambista por dois anos e esse período foi essencial para que eu pudesse crescer como pessoa e emocionalmente.
Também descobri que me manter ocupada com coisas que gosto como moda, animais e livros poderia ser a melhor terapia.
Desisti de tentar agradar a todos e fazer o que me deixa feliz. Acredito que o único mal dessa nova etapa da minha vida foi a minha posição quanto aquilo que não gosto ou me oponho. Passei a ter a língua mais afiada e não não levo mais desaforos para casa. Isso me tornou "um pouco" mais paciente, pois passei a não acumular os problemas alheios (sempre tentei salvar o mundo) e percebi que apenas fazer a minha parte já estarei ajudando muito. Distanciei-me de pessoas que reclamavam da vida sem necessidade e investi em relacionamentos com pessoas decididas e com muito boa energia.

Em resumo, o que desejo dizer é que antes de julgar qualquer pessoa que pareça estar em depressão, tente conversar com ela de modo calma e sem julgamentos. Poderá estar fazendo a diferença na vida dessa pessoa. Julgamentos e pressão apenas atrapalharam.







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