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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CAPÍTULO VIII

FICAR SOZINHA NUNCA!


Depois de ter convencido minha mãe a dormir dentro de casa, tivemos outras surpresas. Desde que chegou lá em casa, Sofia sempre teve medo do abandono. Sempre que minha mãe e eu saíamos e ela tinha que ficar na varanda, o choro era constante. Minhas tias ainda brincavam com pela pelas divisões, mas ela sempre chorava ou reclamava.
Assim, para evitar esse estresse todo na minha menina, decidimos que ela poderia ficar dentro de casa. Passamos a deixar a porta da sala aberta. Essa decisão até que adiantou um pouco, mas logo Sofia começou a se manifestar de outra forma. Começaram as BIRRAS.
Mesmo que ela ficasse dentro de casa, sempre que estávamos fora, ela aprontava alguma coisa. Capachos novinhos, espanador, gambiarra de carro, batedores de porta, lençóis dela… tudo isso foi destruído. Sem contar as vezes que ela fez xixi onde não devia. Nossas camas também sofreram esse mal e hoje temos que trancar os quartos antes de sairmos.

Apesar de sua idade madura, Sofia ainda se comporta como uma criança às vezes. Brigamos e ela sempre nos entende, mas acho que não adianta muito. Já pensei em procurar um adestrador, mas acho que não é tão necessário. O problema é que Sofia é como uma mulher na menopausa, só que seu temperamente muda com intervalos de meses.
Entretanto, o pior ataque que Sofia deu foi quando viajamos para Barra de São João durante o feriado de 7 de setembro de 2009. Fomos à casa de praia de meus pais de consideração e tudo estava muito bem, quando tivemos a ideia de irmos a Rio das Ostras. Como Sofia não podia ir, pensei na melhor maneira de deixá-la sozinha naquela casa, cujo portão eu não confiava e tinha muros que também me despertavam desconfiança. Assim, decidi prendê-la e para meu desespero, Sofia começou a chorar muito e latir demais quando viu que estávamos saindo. Eu nem sai da casa, voltei aos prantos para o quintal dos fundos e a soltei. Ela saiu correndo pelo quintal. Sentei-me no chão e ela voltou para mim. Parecia que ia pular no meu colo. Eu chorava muito e a abraçava forte, pedindo perdão. Sofia se acalmou e todos nós pensamos a melhor maneira de sair. Passamos a corrente dela pela portão para que não houvesse chance de ela abri-lo. Ela ficou nos olhando quando partimos, mas estava mais calma. Depois desse dia, Sofia nunca mais ficou presa em correntes e jamais ficará… a não ser durante o banho, mas isso é necessidade extrema.

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