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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O TRISTE DOMÍNIO DA MALHA

Você já reparou a quantidade de lojas de roupas femininas que vende um exagerado número de peças em malha, seja liganete ou não. O motivo pelo qual toco no assunto é mera revolta. Há grande investimento em fazer peças criativas com malhas, mas não com tecidos nobres ou finos; até mesmo o algodão ficou de fora.
Particularmente eu não gosto desse tipo de tecido, mas o compro por pressão do mercado. Claro que não falo de grandes marcas, como Animale, Espaço Fashion ou Cori. Falo do mercado mais acessível como Farm, Chifon, Verty ou até mesmo aquelas que considero as de tchutchuca, PXC ou CBK (são sempre siglas!!!). Tais marcas não mais nos dão a opção de outros tecidos. O custo da malha para a produção é baixo e o preço final para o consumidor é inaceitavelmente alto, quando levada em consideração a qualidade do material. Além de desbotar com facilidade, seu desgaste é rápido e o investimento acaba sendo inútil. Hoje é preciso investir em peças duradouras e que possam ser usadas em qualquer temporada. A moda se transforma de estação para estação, mas fashion mesmo é fazer com que aquela peça destinada ao esquecimento resurja soberana em um look descolado.
A malha se tornou uma epidemia para a classe média que pensa ter melhor poder aquisitivo (sou parte dela). As moçoilas bem que tentam investir melhor para um guarda-roupa dos sonhos, mas no final se dão conta de que nunca estão satisfeitas justamente por estar sempre precisando de algo melhor. Toda temporada compro meus objetos que são ditados pelas passarelas mundo afora para a nova temporada. Para o verão 2011/2012, já investi numa pequena bolsa coral, que considero meu acessório color bloking. Um blusão (de malha- Renner) hiper rosa já se encontrava em meu guarda-roupa. Agora desejo encontrar a minha maxi saia. Contudo, estou numa maré de falta de sorte e apenas a tenho encontrado em jeans (pensando seriamente em adquiri-la) e em MALHA. As estampas tropicais também estão destinadas a esse material tão ingrato. Onde estão os cetim, seda, viscose, algodão, crepe?
Quando saio à caça de algo que vai me matar de desejo, não me importo em pagar o preço justo, contanto que a peça realmente valha a pena. Pagar mais de R$60 numa blusa de malha ou mais de R$150 num maxi dress, que poderia ser vendido por R$70, é muito desaforo! Entretanto, defendo com unhas e dentes a popularidade da Mercatto. Apesar de haver blusas e vestidos de malha, seus preço são aceitáveis e compatíveis com sua qualidade. Além disso, há peças de diversos materiais a preços justos e acessíveis. Não resisto a ela quando passo por suas portas. Sempre tento achar algo que grite "me compre".
Não sei se todas concordam comigo, mas espero que compreendam meu texto de desabafo. Realmente estou cansada de sair à procura de algo único e encontrar apenas malha em todas as lojas e na maioria das vezes com os mesmo cortes. Lembro-me de uma pequena confecção perto de casa, a Emboascada, que produzia excelentes tops de lycra. Bem ou mal, eram uma opção extra, mas a pequena loja resolveu aderir a malha como tecido base de sua confecção e trabalha lado a lado a Mith. Pena!
Torço para que um dia aquelas confecções, que um dia foram as minhas favoritas, voltem a produzir em tecidos diferentes e mais sofisticados que a bendita malha.

Até breve!
Emily Bernardo

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