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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

BRASILEIRO É OU NÃO UM POVO PREGUIÇOSO?

Ao ler a carta do editor da revista Exame do mês de outubro, um estalo aconteceu e chegou a hora de eu expôr em letras o que realmente acho da situação.
A matéria de capa da Exame perguntava "Por que trabalhamos tanto?" e a reportagem trazia experiências nacionais e internacionais. Contudo, o que venho defender é uma questão tupiniquim.
De acordo com Clayton Christensen, hoje trabalha-se mais de 14 horas diariamente e 85% dos executivos que trabalham nos fins de semanas. É fácil concluir que hoje não há mais férias de 30 dias corridos. A maioria as divide em 15 dias na metade do ano e outros 15 no final do ano; 20 dias também é opção ou até menos.
Vamos à realidade mundial...
De acordo com OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o povo que mais trabalha diariamente é o México com 9,54 horas. Os EUA estão em nono lugar com 8,16 horas. No Brasil, essa média varia entre 8,30h e 9,15h, dependendo da região. Assim, conclui-se que o brasileiro trabalha muito e, de acordo com os resultados da economia, produz pouco.
Cheguei a conclusão de que isso se deve ao excesso de feriados religiosos (principalmente) e políticos que nos impedem de sermos mais produtivos e nos torna mais preguiçosos, pois qualquer brasileiro dá uma boiada para criar um novo feriado. Não satisfeito, ainda existem os dias enforcados (segundas e sextas) e os pontos facultativos.
Um país que tanto defende a liberdade religiosa não consegue abrir mão dos feriados religiosos impostos pela Igreja Católica há tantos anos. O mesmo acontece com o México, que é um dos países mais católicos do mundo. Nos EUA, cada trabalhador tem direito a três feriados em casa, respeitando as suas necessidades religiosas. Isso sem dias enforcados; mesmo assim, muitos ainda trabalham em casa por algumas horas do dia.
O brasileiro espera ficar o máximo que pode em casa e geralmente não faz nada produtivo nem mesmo para seu próprio lar. É gandaia na certa! Não que o povo não tenha o direito de se divertir, mas a ideia de produtividade não é uma cultura nacional, mostrando a nossa incompetência perante um simples cálculo:



Menos feriados -principalmente os prolongados- é resultado de menos horas trabalhadas.

Além de todas as razões acima, é comprovada a baixa produtividade do funcionário após o retorno dos feriados. Assim, a defesa de 40 horas semanais que tantos políticos fazem (eles já não trabalham tanto mesmos!) é totalmente inviável para uma economia em expansão como a brasileira. A ideia de produtividade deve ser ensinada na escola, durante a educação de base, que também sofre com os feriados brasileiros absurdos. As férias de inverno e de verão estão cada vez menores.
Espero que tenha ficado óbvio que sermos chamados de PREGUIÇOSOS não pode ser um insulto, visto que é uma realidade comprovada por fatos.



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