O primeiro passo é estar em comum acordo com todos da família que terão
convívio com o bichinho. Crianças e adultos devem estar cientes de suas
respectivas responsabilidades para com o novo membro da família. A partir de
então, decide-se qual o melhor: gato ou cachorro. Cães demandam mais atenção
que os gatos, mas ambos precisam de amor e cuidados. Ambos deverão ser
alimentados propriamente, banhados e levados ao veterinário regularmente. Tudo
isso deve ser levado em conta, pois a adoção pode ser gratuita (NÃO EXISTE
ADOÇÃO PAGA), mas há gastos posteriores que serão resultados dessa decisão.
O ESPAÇO É IMPORTANTE!
Analise bem o espaço que há disponível para o animal. Esses animais não
serão doados para ficarem presos em correntes curtas ou isolados de seus
tutores. Caso more em um apartamento sem varanda, dê preferência a animais de
porte micro e/ou gatos (as janelas do imóvel devem ser teladas). Apartamentos
com varandas proporcionam a possibilidade de adoção para animais de médio
porte; mas se ainda preferir gatos, a varanda devem ser TODA telada. Esses
detalhes não excluem a necessidade de passear com o animal. O piso da casa pode
atrapalhar o animal a se locomover e ele precisa ter mais estabilidade ao andar
além de gastar energia para ter uma vida saudável e ser mais sociável. As
famílias que possuem quintal não podem se iludir e ir direto a animais de
grande porte. Isso vai depender do tamanho da área externo de sua casa. Caso
ela seja pequena, ainda precisa animais de porte médio para grande. Animais com
porte de rottwailler ou dog alemão precisam de muito espaço externo e alguém
que esteja disposto a correr/fazer exercícios com eles pelo menos 40 minutos
por dia.
QUAL É A MELHOR IDADE/ MACHO OU FÊMEA?
Agora é a vez de decidir a faixa etária do animal. Muitos preferem filhotes
por acharem que seja mais fácil de "molda-lo" ao seu jeito.
Pensamento equivocado. Animais adultos já estão mais acostumados a obediência e
qualquer animal de qualquer idade pode ser treinado. Filhotes exigem maior atenção
e paciência, visto que são mais curiosos e estão mais propensos a se meterem em
encrencas e mastigar alguma coisa que não devem. Outro pensamento errôneo das
pessoas é acharem que animais surdos, cegos ou de três patinhas não podem ser
independentes. Eles se acostumam com suas deficiências e podem ter uma vida
normal como qualquer outro animal. Basta o tutor aprender a respeitar o tempo
do bichinho. Animais que têm paralisia nas patas precisam de um cuidado
especial como fraldas, horários específicos e cadeirinhas próprias, mas podem
nos dar tanta alegria quando um animal sem deficiência locomotiva. Para sanar
duas dúvidas, procure vídeos na internet e observe o comportamento deles.
Macho ou fêmea? Machos são mais propensos a serem territoriais e futuramente
poderão estar restritos a fêmeas caso desejem ter mais um bichinho. Se você
está preocupado com a ciclo menstrual da fêmea, saiba as castradas não
menstruam e dificilmente você adotará um animal não castrado.
RAÇA OU SEM RAÇA DEFINIDA?
Conseguir filhotes de raça é algo muito difícil. Quando ocorre, já há uma
fila de espera por aquele animal, que provavelmente foi descartado por algum
motivo. Tenha em mente que não será a raça do animal que lhe dará o amor. Algumas
raças demandam cuidados específicos de higiene, como tosas periódicas, o que
acarretam gastos e muitos animais são abandonados por isso.
O INÍCIO DO PROCESSO DE ESCOLHA.
Chegou a hora de buscar pelo seu novo amigo. Há diversas ONGs pelas cidades,
abrigos, protetores independentes com milhares de animais que precisam de um
lar, centros de zoonoses. Veja as fotos, leia com atenção todas as informações
sobre o animal, inclusive o seu histórico. Quando for entrar em contato com o
responsável pela adoção, relate o ambiente familiar e o espaço que o animal
terá. Em alguns casos, você receberá um formulário para análise de adotante.
Não minta no formulário, pois o protetor poderá ir até sua residência para
averiguar as informações.
Pode parecer zelo exagerado, mas lembre-se que alguns amimais já sofreram
abandono, maus tratos e foram usados exclusivamente para procriação. Pode haver
fila de adoção para um animal específico, principalmente para os de raça. Entre
os protetores há uma lista negra com nomes de pessoas que adotaram para
procriação, para matarem em rituais religiosos (principalmente gatos negros) ou
que voltaram a abandonar o animal.
Depois será agendada uma visita para que todos se conheçam. Você não é
obrigado a adotar o primeiro animal que visitar. Faça uma escolha consciente. Faça
todas as perguntas sobre o temperamento do animal e todas as outras que você
achar pertinente. Observe o animal com as crianças e veja se todos estão
interagindo.
PRONTOS PARA ADOÇÃO
Depois de tudo esclarecido e devidamente discutido em família, chegou a hora
de bater o martelo e escolher de vez o seu melhor amigo. Geralmente os
documentos necessários para adotar um animal é o comprovante de residência e o
RG, ter mais de 18 anos e assinar o termo de adoção, no qual consta informações
sobre o animal, seus dados e o comprometimento do adotante. Leia o termo com
atenção. Lembre-se que se em algum momento você não poder mais ficar com o
bichinho, entre em contato com o protetor e explique a situação e devolva o
bichinho a ele ou doe a quem você realmente confie e fique de olho.
PRIMEIRO MOMENTO PÓS-ADOÇÃO
Alguns protetores já fornecem exames de sangue e a carteirinha de vacinação
do animal. De qualquer forma, leve o animal ao veterinário para um novo exame
de sangue e para tomar alguma vacina que esteja faltando. Lembre-se que existem
a vacina de manutenção anual e muitos tutores esquecem disso. Isso impedirá que
seu animal tenha problemas de saúdes grandes como a doença de carrapato e a
cinomose.
O que o bichinho precisa ao chegar em casa é tem um lugar certo para dormir,
bebedouro e comedouro. Brinquedos e roupinhas podem vir depois.
Boa sorte!
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