Mamãe
sai de férias
Sofia
já conhece aquela movimentação toda e logo ficou manhosa. Começou a me seguir
para todos os cantos, me atrapalhava a mexer nas roupas e arrumava um jeito de
chamar a atenção para brincar. Na terça-feira, ela mal falava comigo. Nem me
dava a atenção que sempre tenho pela manhã.
Já
na quarta-feira, seu humor já estava melhor. Acredito que ela entendeu que eu
não partiria tão logo ela imaginou. O restante da semana foi pura festa para
ela. No sábado, saí às 5:30 da manhã e ela ainda estava sonolenta demais para
entender o que estava acontecendo.
Assim
que cheguei a Salvador, liguei para minha mãe e, claro, perguntei pela minha
cadelinha. Minha mãe disse que ela estava bem, mas parecia estar sentindo minha
falta. Infelizmente, ela teria que passar 10 dias sem a dona e toda a festa que
fazemos ao brincarmos.
Cada
vez que eu mudava de cidade, ligava para minha mãe para avisar que já estava sã
e salva. Minha mãe também me ligava sempre que sentia saudades da pentelha da
filha. As notícias de Sofia que ela me passava era sempre a mesma
─ Continua gorda, mas está bem.
Em
outras palavras, não havia qualquer surpresa da parte da ruiva; por isso,
tranquila fiquei ao constatar o bom comportamento da Sofia. Pura ilusão minha.
Depois
que minha mãe me pegou no aeroporto, quando cheguei no Rio, no caminho de casa,
começou a reclamação.
─ Não aguento mais aquela cachorra. Ela fez xixi em
todos os panos dela… todos os dias. ─ Que isso, mãe?! Do jeito que você falava parecia que ela estava se comportando muito bem.
─ Eu estou cansada de lavar pano dela e cama dela. Hoje
ela vai dormir no chão frio.
─ É pura manha, mãe. Agora que eu cheguei, ela vai
parar.
─ Acho bom mesmo, porque eu vou deixar as coisas
dela para você lavar agora.
Eu
apenas ria da situação.
Quando finalmente cheguei em casa, Sofia fez muita festa, tanta que teve tempo de pensar e perceber que estava no tapete, correr para sua cama e fazer xixi nela de tanta alegria.
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