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terça-feira, 10 de setembro de 2013

CAPÍTULO 42

Sofia x Rato x Eunice

         Voltemos às fobias da Sofia, que revoltou profundamente a minha mãe. Dona Eunice teve a infelicidade de ser acordada por um ratinho, que corria por debaixo de seu travesseiro. Assim que o avistou, pulou da cama com grande desespero e tentando localizá-lo. Lá pelas 3h da madrugada, minha mãe estava no sofá, com medo de voltar para a cama e matutando como ia matar o rato.

         Esse pequeno ser surgiu na sala, entre um sofá e o outro, e ficou olhando para minha mãe e depois lhe deu o rabo. O caro leitor, deve estar se perguntando onde estava Sofia em meio a tanta confusão. A resposta é básica: dormindo e roncando para quem não a quisesse ouvir.

         O dia seguinte a essa aventura (ou devo dizer desventura), foram muitas as risadas que demos durante a narrativa de minha mãe, enquanto tomávamos o café da manhã. Sofia também foi estrela dessa peça, pois em nada se manifestou. Apenas dormia.

         A caça ao rato se extendeu por dois dias inteiros. Mamãe seguia os caminhos que ele fazia, seguindo suas pegadas deixadas, tanto no quarto, quanto na sala. Veneno de rato foi deixado em pontos estratégicos e, ao que consta, o pequenino nem tocou na comida. Suas artimanhas foram comentadas durante todo o fim de semana e na segunda-feira, ele simplesmente não apareceu.

         Para ter certeza de que não teria surpresas em seu leito, minha mãe decidiu dormiu em meu quarto. Por mais que eu insistisse para que ela ocupasse minha cama, ela quis dormir no chão. Desnecessário dizer que ela teve um companhia.

         Sim! Apesar de colocarmos Sofia em sua própria cama como sempre, ela entrava no meu quarto no meio da noie e lá se aconchegava com minha mãe no chão. Para minha surpresa, Dona Eunice nem reclamou muito dessa situação. Ela apenas afirmava que o abuso da cadela terminaria no fim de semana, quando ela, minha mãe, voltaria a dormir em seu quarto.
 
         Ainda não conseguimos descobrir se o rato livrou difunto ou fugitivo. As grandes narinas de Sofia de nada nos adianta nesse assunto, pois nada farejam a não ser comida.

         Aproveito para comentar outro assunto. O festival de xixi que Sofia fez durante a minha viagem foi encerrado assim que voltei de Paraty. Seus panos e cama permanecem intactos até então.

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