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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CAPÍTULO II- parte 2

Num belo dia de semana, eu acordei com todos do quintal onde moro gritando. Quando sai para o quintal, meu tio Amaro corria de samba-calção para pegar a chave do carro, minha mãe chorava encostada no muro chorando e meio que narrando o que aconteceu, minha tia Marta chorava e esfregava o corpo do cão e Johnny estava catatônico, duro e com dois dedos de língua para fora. O dono dele o levou no veterinário, que sempre cuidou dele, de cueca mesmo. Depois que o cão se foi, minha mãe me explicou o que houve.
─ Mãe, o que aconteceu?
─ Eu estava lá em cima no terraço com seu tio Moisés (snif), ajudando ele como a obra e eu deixei a porta daqui da cozinha aberta (snif). Ai, a Marta soltou o Johnny e ele foi direto lá pra cima e correu para o final do terraço. Ai, não tem aquelas duas carreiras de tijolos lá no final (snif)?
─ Sei. ─ respondi, já rindo.
─ Então,… minha filha, ele foi numa disparada e pulou os tijolos. Ele não percebeu que o terraço acabava ali. Ele foi direto para o chão.
─ Que isso! ─ exclamei eu sem conseguir parar de rir.
─ Ria não, Emily. Tadinho do bichinho.
─ Concordo. Mas é isso que dá não soltar o cachorro. Ele não tem noção de espaço.
Depois me arrumei e fui à casa de um amigo. Quando voltei à noite, fui saber como estava o cachorro.
─ E ai, Marta, como ele está?
─ Ah… está bem, né? Ficou em estado de choque e tomou um coquete para dor.
─ Como assim? Só isso? Ele não quebrou nada?
─ Não… só uma unha.
─ Johnny quis provar que sabe voar. ─ disse o filho de Marta, Leonardo, que estava conosco.
─ Nada… saiu o resultado do teste de gravidez da cadela que ficou aqui. Deu positivo e ele não quer pagar pensão. ─ completei eu.
─ Querem parar vocês dois. ─ disse a Marta antes de entrar em casa.
─ Você acredita que o vizinho, que estava lá fora na hora, disse que achou que o Móises jogou um travesseiro lá de cima. ─ contou-me Léo.
─ Como assim, gente? Pra que meu tio ia jogar um travesseiro lá de cima?
─ Foi a mesma coisa que eu disse.
Rimos muito da situação.
O resultado dessa travessura dele foi ficar quase 2 semanas sem latir por causa da dor. Entretanto, Johnny não foi o único a fazer tal proeza. Magali, a cocker da minha prima Alessandra, também saltou do terraço, enquanto brincava com o vira-lata, Simba. A menina caiu de uma altura de um andar apenas, mas foi o suficiente para fazer um barulho considerável, soltar um “cain” e deixar o Simba a observando da escada com a expressão de…
─ Ficou maluca?

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