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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

NEOFEMINISMO


Quem acompanhou a era da luta feminista pode não conseguir entender como mulheres se expõem tanto hoje. Afinal, sempre se lutou para que mulheres recebessem os mesmos direitos que os homens, pudessem exercer as mesmas funções e ganhar os mesmos salários.
Muito já foi vencido, mas não dá dúvida de que ainda há certo preconceito com o sexo feminino – vide que ainda há diferenciação em salários para o mesmo cargo exercido por mulheres e homens. Acredito que o maior preconceito é aquele de mulher para mulher, com comentários maldosos e falta de compreensão do poder já adquirido. 
 
Em tempos, usar calças compridas, fumar e queimar sutiã eram sinônimos de rebeldia. Hoje só de imaginar que alguém pode perder a classe com a queimada de sutiãs já apavora. Afinal, este pode ser nosso querido companheiro para dar o up do look que vestimos.
É interessante observar como o feminismo se tornou uma verdade apologia à liberdade sexual e à classe, fazendo com que o termo em questão seja desprezado e transformado em “Girl Power”. Ao seguirmos a cronologia, observamos que a mulherada lutou para poder estudar, para escolher seus maridos, para trabalhar, para votar e, depois que veio a pílula anticoncepcional, ter controle sobre seu próprio corpo. Afinal, antes vista antes apenas como gestante de herdeiros, hoje pode optar por ter uma produção independente ou até mesmo por não ter filhos. Além disso, há também a exposição das formas femininas que por tanto tempo se escondeu. Curvas estas que são invejadas e se tornaram referência de perfeição, o que seria visto antes como atitudes de prostitutas.


No século XXI, as feministas ativas são admiradas por manter a classe o poder de suas vidas. Tudo bem que Chanel em 1920 e lá vai bolinha começou esse movimento. Afinal, uma mulher que tomava conta do próprio negócio, que nunca se casou, nunca escondeu os amantes e não teve filhos, jamais admitiu que mulheres não fossem femininas.
 
"Uma mulher deve ser duas coisas: elegante e fabulosa".
 
Hillary Clinton, Beyoncé, Angelina Jolie, Oprah Winfrey, dentre outras, são grandes exemplos da citação de Chanel. A primeira, ex-primeira dama dos Estados Unidos, depois senadora, assumiu a pasta de Relações Internacionais de Obama, seu adversários nas eleições e hoje se mantém ativa política e socialmente. Suas palavras são acompanhadas minuciosamente por homens mais que poderosos do mundo inteiro.  

Beyoncé, conhecida esposa de Jay-Z e diva extrema. A mulher dança, canta, produz, se mete com moda e ações sociais. É referência para qualquer adolescente aspirante à estrela. Ela se nega o título de feminista, mas defende os direitos das mulheres com unhas e dentes.
Angelina Jolie, nem se fala. Casadíssima com o galã Brad Pitt – que adotou os dois primeiros filhos adotivos da atriz; tem poder maior?-, excelente atriz, embaixadora de causas humanitárias e da ONU, mãe e referência de moda (estilistas de esfaqueiam para que ela use um de seus modelos). Até cansa falar dela.  

Oprah Winfrey é a top das tops. De uma infância sofrida à bilionária do show business.
Teve o mesmo programa por 25 anos e foi apontada como a maior influência da TV. Na época da doença da vaca louca, levou pecuaristas à loucura ao fazer umas vendas caíram após ela alegar que não estava comendo mais carne bovina. Teve também influência na campanha presidencial do presidente Obama e é ativista contra o abuso sexual, preconceito e a favor da inclusão social. Não tem filhos e já admitiu que isso não lhe faz falta.


O fato é que o feminismo de hoje tem as mesmas aspirações do de outrora, mas com uma abordagem diferente. Lutar pelos direitos das mulheres não significa se vestir mal e se portar como homem. Contudo, dizer com muita classe e glamour que o mundo é das mulheres e somos, sim, o sexo força da história.
 

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