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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

DEPOIMENTO DE UM ADOTANTE DE PITBULL

Há certas casos que devem ser compartilhados. 
Essa é a história da pitbull Natasha e seu adotante. Frederico coloca em palavras toda a alegria que um pitbull e, principalmente, a adoção lhe causou. 
Quando recebi esse e-mail, pedi permissão para divulgar as palavras. Segue o relato.  

De: Frederico Bellini

Eu vivia sozinho em casa. Era triste quando o dia acabava mais cedo e eu tinha que voltar ao lar. Chegava em casa, largava as coisas e ligava a TV. Ela era a minha amiga. Sem nenhuma interação. Se visse uma cena engraçada, ria e pronto. Se fosse uma notícia irritante, esbravejava sozinho. Sem eco. E a vida seguia sem nenhum ritmo. Muitas vezes eu me vi voltando do trabalho para casa a pé, só para não ter que chegar tão cedo e ficar só. 

Quando comecei a receber os emails da Gisele, pensava apenas em repassar para amigos que tivessem interesse em adotar animais. Eu tinha certeza que não queria mais nenhum bichinho. Cresci em uma casa com muitos e, ainda na infância, sofri com a perda de alguns. Foi duro, mas aprendi. Perder faz parte da vida.

Eu viajo muito a trabalho. E isso parecia um empecilho à adoção de qualquer animal. Em um momento de profunda carência, quase adotei uma gatinha. Gatos são mais independentes, dizem todos. Mas eu, que já tive muitos, sei que qualquer animal precisa de atenção e carinho. Por isso, declinei e não trouxe a ruivinha que estava na pet que fica no caminho de casa.

Um dia, Gisele me mandou um email com fotos de uma cadelinha que precisava de uma casa. Era uma pitbull. Estava morando provisoriamente em uma casa, mas precisava de um lar. Apesar da raça ser considerada agressiva, Natasha apanhava dos outros cães. Eu abri o email e as fotos. Naquele momento, aconteceu algo que eu não esperava. Olhei para as fotos da Natasha e senti que ela olhava para mim. "Caramba", pensei. "Uma pitbull! Como vou adotar um cão dessa raça com um ano de idade?". Mas continuei olhando para as fotos e senti um pedido vindo dela.

Quando a gente quer que as coisas aconteçam, não existe limite. Não existe tempo, não existe nada! A gente faz acontecer! Preenchi a ficha de adoção rezando para ser aceito. Eu precisava da Natasha aqui. Nem sabia que precisava tanto, mas precisava. Mandei a ficha!

Dois ou três dias depois a Carla mandou a resposta. Ela achou que eu era o cara certo para adotar a cadelinha. Fiquei muito nervoso. Eu moro sozinho desde os 20 anos, e nunca cuidei de uma cachorrinha assim. Não sabia como seria. Não sabia se ela me aceitaria! Não sabia se ela seria agressiva. Não sabia de nada.

Ela chegou assustada aqui em casa. Levou uns 3 dias para comer. Até para aceitar carinho era difícil, mas nunca recurou. Nunca rosnou. Nunca foi agressiva. E com o tempo, parece ter entendido que estava em segurança. Que estava sendo amada.

O que eu posso dizer hoje, cerca de um ano e meio depois dela ter chegado aqui, é que eu sempre quero voltar logo para casa.Quero ser recebido com o carinho que ela me dá. Quero retribuir esse amor. Chego do trabalho e me jogo no chão para que ela venha e aproveite da minha presença. Ela é a cadela mais inteligente que eu já vi. Só preciso ensinar as coisas uma vez. Ela entende. Destruiu várias coisas aqui em casa. Iphone, Home theater, almofadas, fio da cafeteira, tapete... mas e daí? O que ela me oferece eu não posso comprar! Ela me faz muito feliz e me ama incondicionalmente! Ela é maravilhosa e me fez renascer!





E ela é simplesmente linda, certo?


Adotem! Eles entendem! Eles retribuem! Isso não tem preço!

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