Desde que me conheço por gente, gosto de beber vinhos,
espumante e afins. Porém, desde minha lua-de-mel em Gramado, comecei a me
aventurar mais no mundo da fermentação das uvas, lendo e pesquisando sobre o
assunto e indo a eventos de degustação de vinhos... e, claro, que o marido vai
junto e também se descobriu com os vinhos brancos.
Admito que obter tal conhecimento desperta certa sensação de
poder. Afinal todo o processo de produção, desde o plantio até o gole final, é
muito complexo (por favor, não confunda a palavra com difícil). Essa
complexidade nos faz desenvolver sentidos mal explorados, como o olfato e o
paladar. Quando se amadurece esses sentidos, o seu senso crítico em questões que
envolvem esses sentidos aumenta. Infelizmente, alguns começam a te considerar
esnobe e não compreendem que isso é apenas uma consequência da chamado
degustar. O que antes parecia mecânico, passa a ser cuidado, cheirado,
degustado e apreciado. Por que não dizer visto? Não sentimos vontade de
experimentar um prato por sua aparência? O mesmo acontece com bebidas. Depois
de estarem na taça, há características que nos ajudam a ter uma ideia do teor
alcoólico e qualidade.
Diferentemente do vinho, eu costumava a ter muita
resistência a cerveja; ao ponto de dizer “não bebo cerveja”. Cresci com pessoas
da minha família se enganando ao imaginarem que malzbier não fosse cerveja. E
eu também entrava nessa vibe. Quando
constatei que o contrário, o mundo caiu por terra na cabeça de minha mãe.
Provei que o teor alcoólico da malzbier e da pilsen eram quase o mesmo. Até
hoje elas (minha mãe, minha sogra e minhas tias) tentam se convencer que não
estão cometendo um pecado ao beberem malzbier... e eu me divirto com isso.
Presente de Páscoa, que ganhei do marido. |
Historinhas a parte, comecei a me interessar pela cerveja
depois de visitar a Baden Baden, em Campos do Jordão. Fiquei encantada com as
variações e sabores das cervejas consideradas gourmet, mas ainda mantinha certa
resistência. Ao viajarmos para Conceição de Ibitipoca, descobri uma as cervejas
artesanais com a linha produzida na região. Visitar a Cervejaria Bohemia, em
Petrópolis, foi um dividir de águas. Fizemos o curso intensivo de degustação e
não parei mais de ler e querem degustar mais e mais.
Exemplares que comprei em Conceição de Ibitipoca. Infelizmente não tinha o conhecimento de hoje e não posso falar muito sobre elas. Apenas que são ótimas.
Estou me empenhando ao máximo para conhecer pelo menos 50% sobre a bebida de Baco e a breja. Sei que o caminho é longo, mas a minha vontade de aprender também e quanto mais aprendo, mas fascinada fico com a harmonização, a engenharia de taça e os diversos sabores. Prometo compartilhar com vocês essas novas descobertas.
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