Páginas

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 48

O novo ataque do poodle

         Ele é figurinha marcada nesse blog: Johnny. O poodle suicida dos meus tios Amaro e Marta aprontou mais uma vez com a Sofia. Em meio a um deslize da empregada deles, Johnny conseguiu sair de casa e correu para os dentes da ruiva.
         Claro que dessa vez Sofia não seria tão solidária e a briga realmente foi feia. Eu só soube do ocorrido, porque liguei para falar com minha tia Mirinha e ela me explicou. Sai assim que pude do trabalho, pois minha mãe acabou passando mal pelo susto e fiquei preocupada com toda a situação. Quando cheguei em casa, minha mãe me explicou com calma o que aconteceu e chegamos à conclusão de que não houve culpados. Apenas um pequeno descuido que podia ter resultado na morte de Johnny.
         Porém, vaso ruim não quebra fácil e o aquela bola de pelos é a reencarnação de um gato. Meu tio correu com ele para o veterinário, onde teve que passar por uma pequena cirurgia. Dessa vez, Sofia foi direto no peito dele e por pouco não atingiu o pulmão. O que antes tinha sido apenas dois pequenos furos, dessa vez foram quatro furos bem feitos. Quando cheguei em casa e fui vê-lo, me deparei com uma múmia meio tonta por conta da anestesia. De qualquer forma, ele parecia bem. Peguei as receitas e fui na farmácia e casa de ração para comprar as medicações que o veterinário passou.
         Depois disso, Johnny ainda teve algumas complicações, mas todas foram resolvidas pela minha mãe, que se mostrou uma perfeita enfermeira de animais. Visto que a própria dona dele não tem coragem de cuidar dessas coisa, minha mãe foi quem colocou a mão na massa. Isso ainda lhe rendeu uma mordida dele. A única coisa que a Marta conseguia fazer era drama (como sempre). Diante de qualquer alteração de humor do poodle, ela dizia que ele não sobreviveria. Minha mãe também optou por trocar de veterinário (tipo: ela não é a donda, mas...) e Johnny passou a ser tratado pelo Dr. Wagner, o médico da Sofia. Depois de alguns dias, Johnny já se esticava, rosnava e latia. Ele estava melhor que as pessoas que estavam cuidando dele.
         A parte divertida foi o estranhamento da Sofia, quando ela o ouviu latindo. Ela ficou olhando para a casa dos meus tios, tentando entender o que estava acontecendo. Há duas possibilidades de pensamento:
         “Ué! Ele está vivo ainda?”
         “De onde veio esse latido?”

         Apesar disso, Sofia não foi até lá para implicar com a reencarnação felina. Ela ainda continua cismada com os latidos que ele está emitindo. Aliás, em menos de 2 semanas, ele já voltou a querer pegar os passarinhos que pousam no corredor onde ele fica. 
E ainda culpam minha ruiva!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...